E do dia veio a noite, do sol veio a chuva, a neve caiu e tudo ficou nublado. Como o pior dia da sua vida, como a seca do deserto mais árido que com o vento racha os lábios que já foram húmidos, a sede que se têm depois de horas no mar com o sal incrustado na pele e o frio que queima como brasa e faz todo o corpo tremer e ficar rígido.
O maldito otimista acha que isso vai passar, como o dito popular do "tudo passa". Será que passa mesmo? O sem vergonha otimista acha que sim, sempre vai achar mesmo que a lógica esteja contra ele, e ai fica mais divertido porque junta sua teimosia para provar e mostrar a todos que só ele, que apostava no azarão da vez, estava certo. E o filho-da-puta acerta. Acertou e provou o que disse.
E quando seu otimismo falhar? E quando o azarão continuar como azarão? E quando a sorte provar assim como 1 + 1 é 2 que ele se deu mal? Ainda vai acreditar para sempre que 1 + 1 pode não exatamente ser 2, como com ele as vezes aconteceu? Quando a sorte que ele acredita não ter e quando tudo o mais falhar, a quem vai recorrer se a religião nunca fez muita frente em sua vida e nada mais importa e nem faz diferença?
Ele acha que isso não vai acontecer. Os amigos vão continuar amigos, o cachorro ainda vai abanar o rabo quando ele chegar em casa e mesmo sob todas condições adversas, depois do maior frio que enfrentar, do dia mais nublado que escurecer sua vista, do sol que mais queimar sua pele e da água que arrstou tudo o que acreditava ter, as coisas vão ficar bem.
"As dores passam e para sempre ficam as cicatrizes que lhe enisaram a agir."
Nenhum comentário:
Postar um comentário