sábado, 18 de abril de 2009

Vida e morte

Minha avó foi "imcubada" hoje, não é uma palavra bonita e nem significa algo legal. Mas a vida levas as pessoas. E afinal a morte faz parte da vida.


Não quero com esse texto enterrar minha avó, mas sim falar sobre vida e morte, não Severina, mas ainda assim, vida e morte.


A velha sempre foi complicada, nunca tivemos uma relação neto e avó como na televisão ou nos livros que leio, só que mesmo assim não deixou de ser minha avó e não deixei de ser seu neto.

Quero que fique claro que amo minha avó acima de qualquer coisa, mas não amo como meu avô materno, que sempre esteve presente em minha vida e foi imprescindivel para o que sou hoje. Bom ou ruim, o que sou hoje teve sua influência e agradeço isso, sempre.


Minha avó não era presente, não me ligava nos aniversários, ano novo ou natal e mesmo assim continuou sendo minha avó. É essa a parte estranha. Nunca tivemos tanto contato, tanta cumplicidade, uma afinidade grande ou algo semelhante, entretanto, o laço de sangue permanece unindo, ainda nos liga e mantêm um sentimento de possível perda com ela na atual situação.. A tristeza existe, mas não de uma pessoa que perde para sempre, mas sim, de uma pessoa que poderia ser para sempre indispensavel e não foi, isso é que faz falta e dói de um jeito dificil de acreditar.


Amo minha avó e quero que tudo fique bem por mais algum tempo, caso contrário, que Deus a leve em paz e mantenha assim. Mesmo não sendo religioso, Ele, ainda olha por nós e pode dar um caminho melhor à ela. Que suas crenças ainda a atendam e que a vida ilumine o caminho da morte caso ela chegue sem receio.


A morte faz parte da vida e os caminhos continuam, nascendo e renascendo outra vez. Seremos sempre um, não dois!

Um comentário:

  1. Fazia algum tempo que nao me emocionava lendo um texto...até que forma inexplicável me identifiquei com esse texto, e talvez tenha sido ele que me motivou a escrever meu próprio blog. Relações são sempre delicadas, mas as avós, ah as avós têm sempre aquela imagem de "mãe com açúcar"...embora comigo tbm não seja assim.
    Bom se identificar, perceber que o seu sentimento pode ser o de outro, e é disso que são feitos os grandes textos, capacidade de expressar o que outras pessoas sentem. Parabéns Gnomo! um beijo.

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